O que o filme da Disney Frozen, a facção criminosa PCC, o banqueiro Daniel Vorcaro — dono do Banco Master — e o Clube Atlético Mineiro têm em comum? À primeira vista, nada. Mas um documento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) revelou um elo improvável entre eles: o investimento na SAF do Galo. Reportagem do Estadão publicada nesta sexta-feira revela que Vorcaro comprou parte da SAF do clube por meio de fundos investigados pelo Ministério Público de São Paulo sob suspeita de servirem para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio do Primeiro Comando da Capital, grupo criminoso conhecido como PCC. Em agosto, a Polícia Federal deflagrou a operação Carbono Oculto para desarticular um esquema bilionário de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e fraudes no setor de combustíveis, liderado pelo PCC. Segundo o documento obtido pelo Estadão, o Galo Forte FIP, fundo utilizado por Vorcaro para adquirir 26,9% da Galo Holding S.A., fazia parte de uma cadeia de fundos interligados — em que cada veículo detém cotas do outro, um modelo de “fundo sobre fundo” semelhante ao que está sob investigação na operação. No topo da cadeia de investimentos, estão os fundos Olaf 95 e Hans 95, ambos geridos pela Reag Investimentos e agora alvos diretos da Operação Carbono Oculto.















