PREÇO DO BOLSONARISMO- Ex- prefeita de Sinop é barrada em aeroporto ao tentar embarcar para Europa

Apoiadora ferrenha do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a ex-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), passou por uma situação embaraçosa ao tentar embarcar para a Europa, nesta semana. De acordo com a ex-gestora, seus planos de passar férias na Romênia e Bulgária foram frustrados após o Supremo Tribunal Federal (STF), em uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, ter cancelado seu passaporte. Rosana Martinelli, que atualmente é a segunda suplente do senador Wellington Fagundes (PL), é suspeita de ter participado e financiado atos antidemocráticos promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em dezembro de 2022, ela afirmou que teve suas contas bancárias bloqueadas após uma decisão de Alexandre de Moraes por conta de sua atuação nos atos golpistas. De acordo com a ex-prefeita, ela embarcaria na última segunda-feira (21) para os dois países europeus, quando ao passar pela imigração, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foi impedida de seguir viagem. Rosana Martinelli contou que os agentes explicaram a ela que seu passaporte tinha uma restrição e que ela não poderia deixar o país. Segunda-feira eu postei nas minhas redes sociais que passaria 10 dias de férias na Romênia e na Bulgária, mas não consegui embarcar, já que meu passaporte foi cancelado, com restrição para deixar o país. Estou aqui em São Paulo e só descobri isso na hora que fui fazer a imigração. Fiquei seis meses com minhas contas todas bloqueadas e provei que não financiei nenhum ato antidemocrático”, afirmou. Inconformada com a decisão, a ex-prefeita afirmou que irá entrar com um processo para poder liberar o passaporte e disse estar preocupada com os rumos do país, já que, segundo ela, teve seu direito de ir e vir cerceado. Martinelli, no entanto, disse que não se sente intimidada pelo ato do ministro do STF. “Agora vou começar tudo de novo, com um processo para liberar meu passaporte. É muito preocupante o que está acontecendo e como vamos continuar trabalhando, com restrição da liberdade das pessoas que acreditam neste país e em Deus, na Pátria e na família. Essa perseguição e tentativa de impedir nosso direito de liberdade não vai me intimidar”, postou.