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Especiais Segunda-feira, 08 de Março de 2021, 08:25 - A | A

Segunda-feira, 08 de Março de 2021, 08h:25 - A | A

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O consumo de pornografia favorece a violência contra a mulher?

No primeiro relato publicado pela página Recuse a Clicar, em 10 de setembro de 2019, uma mulher não identificada diz que a pornografia “acabou” com sua vida, mesmo sem ser espectadora. Ela conta um episódio em que foi forçada pelo parceiro a fazer determinadas posições numa relação sexual, como uma performance – o homem teria feito uma pausa para assistir a um vídeo pornográfico.A partir desse dia, afirma, não se envolve mais sexualmente com parceiros que consomem esse conteúdo. “Depois de contar pros meus amigos, nós concluímos que, na verdade, eu tinha sido estuprada”, escreve.

Desde a data da publicação desse texto, a página segue publicando relatos de pessoas sobre como a pornografia afetou suas vidas. A maioria das histórias é contada por mulheres. A mais recente foi ao ar no sábado 6, em que uma internauta explica por que deixou de procurar sites pornográficos: “Há vídeos amadores nos quais é perceptível que as pessoas expostas não sabem que aquele conteúdo está a ser gravado ou que vai ser publicamente divulgado. Há outros em que a violência não é encenada para propósitos de prazer, e que há sofrimento real.”

Recuse a Clicar é uma das únicas páginas brasileiras dedicadas à crítica contra a pornografia. Tem 56 mil seguidores no Facebook, 32 mil no Instagram e também está presente no Twitter e na plataforma Medium. Com protestos contra a exploração sexual, especialmente a pornografia, a prostituição e o tráfico de mulheres, a página mira as empresas que lucram com esse negócio, segundo acusa.

Entre elas, a Pornhub, do Canadá, e a XVideos, da República Tcheca.

Com cerca de três bilhões de visitantes mensais, esses dois sites estão entre os dez mais acessados do mundo, mostrou o site Visual Capitalist, em infográfico do mês passado. Estão atrás, somente, de Google, YouTube, Facebook, Twitter, Wikipedia, Instagram, Baidu e Yahoo. Superam, portanto, gigantes como WhatsApp (12º), Amazon (13º), Netflix (17º), CNN (26º), Globo (30º), Walmart (41º) e Tik Tok (43º).Na crise do coronavírus, o consumo disparou. A companhia percebeu pico de aumento de 24% nas visitações em março, pouco depois de a Organização Mundial da Saúde confirmar o estado de pandemia, quando foram liberados conteúdos premium de forma gratuito.Em junho, o tráfego mundial permaneceu muito maior do que em fevereiro. A grande quantidade de frequentadores faz do Pornhub um veículos mais importantes para anunciantes.

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