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Especiais Domingo, 28 de Março de 2021, 09:54 - A | A

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"Cenário pode se tornar pior; Brasil é uma ameaça para o mundo"

Nesta semana, Mato Grosso ultrapassou a marca de 300 mil casos confirmados e 7 mil mortos por Covid-19 e a projeção feita por quem estuda a pandemia no Estado, desde o anúncio do primeiro caso, em março de 2020, é de que o cenário só tende a piorar. Médico sanitarista e deputado estadual pelo PT, Lúdio Cabral diz que o comportamento do vírus no País é complexo, com variantes genéticas em circulação e em mutação constante, o que faz do Brasil uma ameaça para o restante do planeta. “Somos um laboratório onde o vírus evolui a céu aberto: se transmitindo, se replicando, sofrendo mutações e se adaptando à relação com o seu hospedeiro, que somos nós. A vacinação ocorre de forma lenta”, afirmou. Somos uma ameaça ao mundo e a maioria dos países está com as fronteiras fechadas para o Brasil Nesta semana, Mato Grosso ultrapassou a marca de 300 mil casos confirmados e 7 mil mortos por Covid-19 e a projeção feita por quem estuda a pandemia no Estado, desde o anúncio do primeiro caso, em março de 2020, é de que o cenário só tende a piorar. Médico sanitarista e deputado estadual pelo PT, Lúdio Cabral diz que o comportamento do vírus no País é complexo, com variantes genéticas em circulação e em mutação constante, o que faz do Brasil uma ameaça para o restante do planeta. “Somos um laboratório onde o vírus evolui a céu aberto: se transmitindo, se replicando, sofrendo mutações e se adaptando à relação com o seu hospedeiro, que somos nós. A vacinação ocorre de forma lenta”, afirmou. Somos uma ameaça ao mundo e a maioria dos países está com as fronteiras fechadas para o Brasil Em entrevista ao MidiaNews, Lúdio criticou a lentidão da vacinação e a postura negacionista do presidente Jair Bolsonaro, cujo discurso, considerado por ele equivocado, chega a ser replicado por seus colegas na Assembleia Legislativa. O deputado ainda afirmou que o Legislativo foi covarde ao não aprovar o projeto de antecipação de feriados apresentado pelo governador Mauro Mendes (DEM), voltou a defender a adoção de quarentena no Estado para controlar o vírus e relatou a exaustão sentida pelos trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente na pandemia. Confira os principais trechos da entrevista: MidiaNews – O senhor tem acompanhado a pandemia desde o início em Mato Grosso, estudando o comportamento do vírus e fazendo projeções. Vivenciamos a evolução da Covid-19 aqui no Estado. Qual o cenário nos espera nos próximos dias? Lúdio Cabral - A descida da curva epidemiológica foi interrompida na segunda quinzena de outubro. Na segunda quinzena de novembro, voltamos a apresentar uma elevação do número de casos e iniciamos a segunda onda da epidemia em Mato Grosso. E essa segunda onda veio antes que a primeira tivesse declinado. Quando a segunda onda veio, Mato Grosso ainda tinha uma média de 400 casos e de oito óbitos todos os dias. A projeção que eu fazia na descida era de que alcançaríamos a planície, ou seja, a primeira onda acabaria no início de fevereiro. [O cenário] pode ficar pior porque não sabemos onde essa onda que estamos vivendo vai parar. Estamos, infelizmente, dependendo do comportamento do vírus MidiaNews – Ou seja, não terminamos de viver a primeira onda e já embarcamos na segunda onda. Lúdio Cabral – Exatamente. E o número de casos foi crescendo gradativamente, sempre estimulado por períodos em que a população circulou mais: campanha eleitoral, Natal, Ano Novo. E no final de janeiro identifiquei que viveríamos um novo colapso no sistema de saúde. Em termos de números, já entramos em março quebrando todos os recordes negativos da primeira onda. Na segunda-feira (22), tínhamos uma média móvel de 2.148 casos por dia. Isso muito superior à média móvel do pico da primeira onda. É 53% maior. A média móvel de óbitos alcançou, no dia 22, a marca de 69 mortes, o que é 72% a mais do que a pior média móvel de óbitos na primeira onda. E isso com a taxa de contágio alta, acelerada. A medida das três semanas epidemiológicas de março, fechada até agora em 1,3, o que representa um crescimento de 30% a cada ciclo da doença. Ou seja, a cada 7 a 10 dias, tem um crescimento de 30% no número de casos e de óbitos. Podemos, então, ter números ainda maiores no próximo ciclo. Só

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