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Entretenimento Sexta-feira, 06 de Setembro de 2019, 11:54 - A | A

Sexta-feira, 06 de Setembro de 2019, 11h:54 - A | A

Entretenimento

Sexóloga: “Orgasmo não é primordial, importante é sentir prazer”

Orgasmo feminino. Um tema ainda cercado de tabus, mitos e até desinformação e que nada mais é do que o prazer intenso alcançado durante o ato sexual. Ele pode acontecer de uma forma única, múltipla e seus tipos podem variar conforme a intensidade e duração do estímulo que a mulher recebe.

 

Ocorre que muitas delas têm dificuldade para alcançar essa experiência física e psicológica. Mas, segundo a psicóloga e sexóloga Irani Marangão, isso está longe de ser um problema, tampouco significa que a mulher não ficará realizada com a relação sexual.

 

“Converso com muitas mulheres que me dizem: olha, não tive orgasmo, mas tive prazer. Ótimo! Não tem problema algum, se você teve uma relação que lhe proporcionou prazer, isso é o que importa. Se seu parceiro fez um bom contato, se ela teve estímulo, foi gostoso, dormiu feliz, não precisa ter orgasmos”, diz ela.

 

“Muitas me falam: ‘Ai, quero ter orgasmo. Quero ver estrelinha’. Ué, quer ver estrelinha, coloca ela lá no teto e aí você vai ver estrela todo dia”, brinca Irani, que não tem papas na língua quando o assunto é sexo.

 

Converso com muitas mulheres que me dizem: olha, não tive orgasmo, mas tive prazer. Ótimo! Não tem problema algum, se você teve uma relação que lhe proporcionou prazer, isso é o que importa

A profissional recebeu a reportagem do MidiaNews nesta sexta (6), data em que é comemorado o “Dia do Sexo”.

 

Segundo ela, não há qualquer acontecimento específico para que o 6 de setembro fosse a data “escolhida”, mas lembra que o Dia do Sexo se popularizou através de uma campanha de marketing de uma marca de preservativos.

 

Há outros, no entanto, que dizem ter a certeza de que a escolha ocorreu não por acaso. Para estes, o “6/9” seria uma alusão a uma das posições sexuais mais carregadas de erotismo, já que representa o sexo oral simultâneo.

 

Curiosidades a parte, o sexo oral também foi um dos temas abordados pela profissional na conversa com o MidiaNews.

 

E, segundo Irani, este também é um assunto que de certa forma ainda é um tabu. Ela disse que é algo que praticamente todo mundo faz, mas há reclamações de todos os lados.

 

Da parceria, a queixa mais comum, segundo a sexóloga, é a de que os homens não sabem fazer o sexo oral.

 

De outro lado, muitos homens a procuram dizendo que suas parcerias não gostam de praticar o ato.

 

O fundamental, segundo ela, é que o casal converse, conheça o que cada um pensa e desejo do outro e que passe a conhecer o corpo daquele que está ao seu lado. “O sexo oral ainda é tabu e falta conversar, falar sobre isso”.

 

“Toque e carícia são fundamentais”  

 

Irani afirma que, mais do que um ato, o sexo é uma relação que precisa de parceria, de troca, de carícia.

 

E isso é fundamental para que o casal se sinta realizado e desfrute até mesmo dos benefícios que o sexo traz para a saúde, como a diminuição do estresse, alívio de dores, a melhora na pele e outra infinidade de coisas.

 

“Vejo muitos casais em que a mulher chega em casa, está cansada, vai lavar uma louça e o maridão está sentado no sofá, com controle remoto na mão. Aí, quando eles vão deitar, ele já chega pronto para o sexo. Não é bem por aí”, alerta a profissional.

 

“Quando falo em sexo, estou me referindo ao ato completo e que envolve a conversa, o toque, a carícia, aquela fungada no pescoço. Entendeu? Hoje falta muito isso, falta o afeto, o toque, falta até intimidade. Digo que o abraço e o beijo são essenciais para uma relação sexual”, acrescenta.

 

“Trilha sonora, meia luz...”

 

Alair Ribeiro/MidiaNews

Irani Marangão 05092019

"Amo escutar um Amado Batista. Mas cada caso é um caso. Tudo tem sua hora", brinca a sexóloga

E, já que estamos falando no Dia do Sexo, a profissional lembra que há muitas coisas que podem ser feitas e que são capazes de deixar a relação muito mais prazerosa. A começar, por exemplo, pela trilha sonora.

 

Uma pesquisa feita em 2018 pela plataforma de streaming musical Deezer apontou que 52% dos brasileiros usam a música como o afrodisíaco mais importante em um encontro amoroso.

 

O estudo mostrou que, ao contrário do que muitos pensam, a trilha sonora pode ser mais estimulante do que tomar uma taça de vinho ou vestir uma lingerie especial.

 

“Com certeza o sexo tendo uma música como plano de fundo torna tudo mais prazeroso. Mas também depende da música. Vamos colocar uma mais silenciosa, um jazz, uma coisa mais erótica. Não vai colocar um Eduardo Costa, que aí acaba o prazer”, brinca.

 

“Não é que eu não gosto. Amo escutar um Amado Batista. Mas cada caso é um caso. Tudo tem sua hora”, acrescenta.

 

E, para além da trilha, por que não uma dança com seu parceiro? Segundo Irani, ela também é capaz de estimular e melhorar a performance do casal.

 

“Na hora do sexo tudo conta. A dança pode estimular o casal. A música, o ambiente, aquela meia-luz. Ninguém vai querer transar com uma luz intensa na cara. Tem que ter estímulo. E vou além: às vezes você tem um orgasmo até sem ter a relação sexual. É aquele prazer intenso que a pessoa pode ter até mesmo antes do sexo”, cita.

 

“E acho que o mais importante é não esquecer de pensar em sexo. As vezes as pessoas parece que não têm tempo pra pensar em sexo. Estão pensando em filhos, emprego, dinheiro. Tem que pensar em sexo e o tempo é você que faz”, concluiu ela.

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