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Ensino Superior Sábado, 12 de Outubro de 2019, 17:46 - A | A

Sábado, 12 de Outubro de 2019, 17h:46 - A | A

Ensino Superior

Jovens da UFMT desenvolvem técnica de fixação de inox em concreto sem uso de parafusos

Duas alunas do sexto semestre de Engenharia Civil da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) desenvolveram uma forma de fixar chapa de aço inox em concreto sem o uso de parafusos ou adesivos. Taynáh de Kassia Marques da Silva, de 20 anos, e Eduarda Correia Silva, de 19, que estudam no campus Araguaia, em Barra do Garças, aproveitam resíduos advindos do processo de soldagem para viabilizar o procedimento. A descoberta ficou entre os 30 melhores projetos brasileiros no concurso ITA Challenge Desafio de Empreendedorismo. As autoras do projeto orientado pelo professor Marcio Andrade, chamaram o produto de Concrenox. A técnica de fixação utiliza como engaste um pedaço geralmente descartado do eletrodo, material usado no processo de soldagem. Com esses resíduos de aproximadamente 3 centímetros, conhecido como “pega do eletrodo”, a chapa de inox pode ser fixada no concreto ainda fresco. “Para testar nossa ideia na prática, nós fizemos o Concrenox. Pegamos uma forma com um concreto previamente moldado e fixamos a chapa de inox com os eletrodos no concreto”, explica Taynáh. O resultado foi uma ligação resistente entre o aço e o concreto. A ideia surgiu há aproximadamente 4 meses, em um projeto de extensão da UFMT que lida com solda. Segundo Taynáh e Eduarda, o método gera baixo custo, por evitar o uso de parafusos ou adesivos poliméricos, e sustentabilidade, uma vez que aproveita um material geralmente descartado. “A intenção foi criar uma âncora que pudesse ser aplicada em várias formas, visando principalmente a fixação de peças”, explica Eduarda. Ela afirma que a técnica tem diversas aplicabilidades, como é o caso do revestimento de cozinha industrial com o inox. “A parede revestida de inox pode ser feita a partir dessa técnica. Só encaixando a chapa de aço com os pinhinhos de eletrodos no concreto fresco para poder endurecer junto. Já fica pronta a parede, sem o trabalho de ter que esperar o concreto secar, para depois talvez perfurar, parafusar.” Outro material que também pode ser fixado a partir do método é o piso tátil de inox. De acordo com a dupla, mais caro que o piso de borracha, a peça em aço pode ter o custo reduzido com a utilização dos eletrodos como engaste. “O inox é mais caro um pouquinho [que a borracha] devido à durabilidade. Mas quando a gente usar o resíduo, vai se tornar mais barato. Não vai precisar usar nem polímero, nem parafuso e nem precisar furar o concreto para poder encaixar ele”, destaca Eduarda. A invenção das alunas foi qualificada no concurso ITA Challenge Desafio de Empreendedorismo, promovido pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Elas não classificaram para a próxima fase, mas ficaram entre os 30 melhores projetos brasileiros. Agora, as estudantes aguardam a hora para mostrar os resultados aos colegas e à comunidade local. “O concurso foi a primeira coisa que a gente fez. Foi tudo online, vídeos que nós enviamos para a primeira classificação. Nós também fizemos uma apresentação no IFMT, na VI Jornada de Ciência e Tecnologia, e vamos apresentar ainda na Semana Científica da UFMT”, diz Taynáh.

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