Conforme Cleide, é um projeto desafiador. “É muito desafiador, mas com todos esses parceiros, com certeza será um sucesso. Inclusive a Funai quer que a gente vá para Brasília apresentar esse projeto lá, com o objetivo de levar para outras aldeias no Brasil”, disse a diretora geral do Instituto Kurâdomôdo.
Neste momento está sendo implementado um viveiro na Aldeia Belém, que produzirá as mudas de espécies frutíferas do cerrado para serem plantadas a partir do mês de novembro. Além de frutas, também será incentivado o plantio de arroz, abóbora, mandioca e o cultivo da apicultura, tanto para consumo dos Xavantes, quanto para venda do excedente.
Para Daniela, o Aldeia Sustentável é diferenciado. “É uma iniciativa de muito ouvido, nada sendo imposto e isso tem trazido dignidade. Temos orgulho de sermos parceiros do projeto, que é pioneiro dentro do Mato Grosso no sequestro de carbono dentro de terras indígenas”, disse a coordenadora da AL Social, explicando que os indígenas receberão uma recompensa pela diminuição nas queimadas, tradicionalmente provocadas para a prática da caça.
Segundo Marilei Bier, a ideia agora é acrescentar outras culturas dentro do projeto e levar o mesmo para as demais aldeias Xavante da Terra Indígena Pimentel Barboza. “O projeto está sendo visto com bons olhos, sendo modelo já no Mato Grosso e queremos levar ele para as 19 aldeias que estão dentro da terra indígena, além de acrescentar outras culturas, como a produção do gergelim orgânico, muito valorizado”, disse a secretária de Desenvolvimento.














